Bem-vindo!

Aqui é um espaço onde vou aproveitar para colocar em prática meu hobby de escrever e se você está aqui agora lendo isso, que legal, é muito bem-vindo!

Agora poderá conhecer um pouquinho dos personagens que conheci (na vida real), daqueles
que criei para o teatro e de outros que criei apenas na minha imaginação...

Enjoy it!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Essa noite eu tive um sonho

Essa noite eu tive um sonho. Sonhei que você estava de volta. Que tudo voltava a ser como antes. Você estava ali, sorrindo, trazendo todos de volta para mim, todos ligados novamente pelo mesmo fio. Sonhei que eu corria rindo sozinha pelo gramado do imenso jardim de casa. Jardim que me trouxera tantos momentos de alegria, e que também foi pouso para minha tristeza no momento em que você partiu.

Sonhei que eu lembrava de tudo o que a gente tinha conversado por horas na noite anterior a tua partida. Conversa essa que insisto em me lembrar enquanto minha mente teima em esquecer. Acordei no dia seguinte e tinha partido, embarcado naquela longa e traiçoeira estrada. Recordo de ter aproveitado ao máximo a tua presença, como se isso fosse minimizar a dor da tua ausência, mas a saudade é um incômodo eterno quando não se pode saciá-la.

Lembro de estar brincando com minhas amigas até tocar o telefone e eu correr de pés descalços da varanda para a sala enquanto ela, do outro lado da linha, gritava teu nome repetidas vezes, até dizer que você tinha morrido.

Deitei no jardim que tanto foi palco de nossas brincadeiras e lá fiquei. Olhando para o céu. Sem conseguir entender. Um misto de raiva com tristeza se fez presente dentro de mim. A sensação de impotência me dominou e compulsivamente comecei a chorar. Chorei o choro que não se cala dentro de mim. O choro silencioso que irá me acompanhar até o fim da minha vida.

No meu sonho você me dizia que ainda estava vivo e que sempre que quisesse, poderia te encontrar no local onde sepultaram teu corpo. E para lá eu ia, quando queria sentir um pouco mais da tua presença, suprir a tua falta. Olhando teu rosto emoldurado naquele pequeno espaço. Teu olhar profundo me expressa o que tua alma quer dizer. E conversando contigo, em silêncio, o meu pranto se acalma e a paz toma conta do meu ser.

É quando eu me despeço e volto para casa, na certeza de nunca mais poder ter ver, mas na esperança de sempre continuar a te sentir.

30/11/2009

2 comentários:

Mari Campitelli disse...

Nossa Aline, eu AMEI esse texto. Está lindo!

Saudades de você ! Dá notícias e vê sae aparece pelo Rio.

Beijos.

Aline Bortolin disse...

Oi lindona, obrigada! Aviso sim. Beijos!