Bem-vindo!

Aqui é um espaço onde vou aproveitar para colocar em prática meu hobby de escrever e se você está aqui agora lendo isso, que legal, é muito bem-vindo!

Agora poderá conhecer um pouquinho dos personagens que conheci (na vida real), daqueles
que criei para o teatro e de outros que criei apenas na minha imaginação...

Enjoy it!

segunda-feira, 30 de março de 2009

Quando eu morri...



Minha morte foi lenta. Fui morrendo aos poucos. Fui percebendo que estava no caminho da morte quando tudo começou a mudar, as pessoas, as coisas... Meu sonho morreu. Então, quando notei que estava morta, já não sentia mais dor, porque a dor havia se dissipado nesse percurso.

Pensava que morrer doía. Não dói. Na hora não dói, não se sente nada, parece que ainda se está vivo até o momento em que você sai de seu próprio corpo e olha para si mesmo. Todos tentam te ajudar, clamando pela tua vida, enquanto o que você achava que era você, está ali, estagnado.

Morrer não dói porque só é possível sentir quando o coração vive. Morrer é abstrair-se, é deixar, abandonar os que te amam e a si mesmo.

Acordei sentindo saudades de mim. Ao sentir o calor das lágrimas que escorriam sobre minha face, percebi que, naquele instante, Deus me dava algo mágico: a dádiva da vida. Minha vida estava de volta.
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