segunda-feira, 30 de março de 2009
Quando eu morri...
Minha morte foi lenta. Fui morrendo aos poucos. Fui percebendo que estava no caminho da morte quando tudo começou a mudar, as pessoas, as coisas... Meu sonho morreu. Então, quando notei que estava morta, já não sentia mais dor, porque a dor havia se dissipado nesse percurso.
Pensava que morrer doía. Não dói. Na hora não dói, não se sente nada, parece que ainda se está vivo até o momento em que você sai de seu próprio corpo e olha para si mesmo. Todos tentam te ajudar, clamando pela tua vida, enquanto o que você achava que era você, está ali, estagnado.
Morrer não dói porque só é possível sentir quando o coração vive. Morrer é abstrair-se, é deixar, abandonar os que te amam e a si mesmo.
Acordei sentindo saudades de mim. Ao sentir o calor das lágrimas que escorriam sobre minha face, percebi que, naquele instante, Deus me dava algo mágico: a dádiva da vida. Minha vida estava de volta.
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4 comentários:
Colega,
O que é isso!?
Que texto mais forte, mais agitador, mais positivista!
hehehe
Parabéns
Tu escreves muito bem!!
beijos
Gus
Olá...
Tenho acompanhado yeu blog, show de bola. Nossa, vc escreve muito bem.
Parabéns mesmo.
Sempre que posso entro aqui ler teus textos. Adoooro.
Beijão
Olá Aline, venho lendo seu blog e fiquei com receio de comentar, mas hoje me deu mais coragem.
Nossa como você escreve tão bem, você não apenas conta a historia, faz bem mais que isso, tu parece que vive a historia junto e tornando ela cada vez mais real, cada palavra, é tudo perfeito.
Não sei qual foi o motivo que te fez escrever sobre a morte e depois voltar, mas saiba que para mim ler isso foi importante, começando por dar mais valor em nossas vidas. Parabéns Aline, continue escrevendo sempre! Beijos
Amei este texto. Parabéns!!!
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